4.13.2010

Por uns dias

Gostaria de ser você por uns dias. Saber o que pensa e o que sente quando lê o que escrevo.

Observar seu corpo, que ainda não conheço completamente, refletido no espelho enquanto se troca depois do banho. Ou então aproveitar a gostosa sensação de tocar sua barriga, pernas, seios, pescoço, braços quando você espalha um hidratante.

Qual o efeito dos meus beijos em você? Meus toques, suspiros e gemidos… eu queria saber. Entender o seu “querer a mim”. E se você suspirar, quando minha mão pousar acidentalmente entre suas pernas, eu continuarei. Vencerei a barreira da sua calcinha para senti-la. Quente. Molhada. Irresistível. Talvez eu morda seu pescoço; você sabia que adoro mordidas? Meu dedo, dentro de você… Talvez eu sinta sua excitação e aumente-a com um vaivém ritmado o suficiente para provocar mais gemidos em você e, em mim, mais vontade ainda de continuar.

Queria saber como você se masturba após ler, ouvir ou ver algo excitante. Poder tocar onde você quer ser tocada, sem erro. E depois, ter a certeza de que minha língua se movimenta do jeito certo só para fazê-la pedir por mais.

O que você sente quando goza é o mesmo que eu sinto? Você tem espasmos, contrações, vontade de gritar, não parar? Eu queria saber.

E saber também qual a sensação de dormir ao meu lado, ou com minhas palavras em sua mente, quando isso não é possível. Como agora.

Por último, queria saber o que sente vontade de fazer depois de ler isso. Deixará essas confissões de lado, lerá outras coisas? Assistirá algo, um filme, um desenho? Pensará em mim? Você… se masturbará?

Afinal, não importa, não é? Eu não saberei. Talvez interesse a você saber que eu vou para minha cama agora. Pensar em você até poder senti-la em mim. E, então, terminar com a tortura iniciada quando entrou em minha mente.

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