11.29.2011

Petrópolis

É pecado você não saber o que eu sinto, à distância, quando o meu pensamento te toca. Me pego sôfrega e ofegante em todas as partes do dia. Fecho os olhos para encontrar teu sorriso safado indo de encontro ao meu ouvido para sussurrar que eu te enlouqueço, enquanto tento disfarçar o quanto de mim já perdi no desejo de te ter colada ao meu corpo.
Abro os olhos para me perceber lambuzada na magia erótica em que você me aprisionou. Sinto o coração pulsando no lugar errado: muito abaixo do peito; na futura casa teus dedos; no meu lago de pecados sentimentais.
O dia passa, mas não a tua lembrança.
Te carrego nas veias, esquentando o meu corpo, passeando em meu sangue. Suspiro gemidos e saudades. E me arranho o corpo, mordo os meus lábios, esfolo a pele. Simplesmente, enlouqueço nas ilusões táteis dos teus mamilos roçando nos meus.
E toco o meu corpo como se ele fosse intocado. Com a voracidade de quem precisa salvar a própria vida. Tremo como se fossem os teus dedos a invadir o meu corpo. E desabo de cansaço.
Então, sorrio pros teus olhos, à distância, esperando que você receba uma carta de tesão e afeto por telepatia. Descanso o corpo na cama, abraçando o nada. Desejando o teu corpo materializado no meu.

7.02.2010

Tarde de sexta...

Quero massagear o teu corpo,
Como se te prestasse um tributo de paixão.
E com minhas mãos, como que num ritual,
Percorrer-te todos os caminhos
E dele extrair a chama da combustão.
E cheirá-la por inteiro,
No ardor de farejar o âmago de tua alma fêmea.
E beijá-la voluptuosamente e com meus lábios
Sorver o suor ensandecido de teus poros
Quero, então, corpos unidos,
Dançar ao som de teus gemidos e sussurros
A dança terna e alucinante do amor.
Quero lhe beijar a boca
morder seus lábios
e brincar sua língua na minha.
Quero lhe beijar a nuca
lhe arrepiar inteiro
encostar meu peito no seu
até os corações se compassarem
as mãos entrelaçadas suarem.
Quero um abraço eterno
de guardar seu cheiro na minha pele.
Quero me queimar no seu fogo
e guardar pra sempre a cicatriz
desse nosso encontro.

6.15.2010

Rapte-me

6.04.2010

Em 4 paredes!

Não sabia da força que 4 paredes reunidas possuem
o calor que elas unidas reproduzem
a forma que exprimem e comprimem o ar ali dentro
a total perda de conhecimento.

Deparei-me com mais 2 amigos envoltos por elas
perdi o foco.
O ritmo mudou lascivamente
o que me transformou em um ser inracional.
Transpirava por diversos poros
Me faltava ar
Me faltava decoro
Me faltava respeito.

Minhas mãos não me obedeciam
meu peito
ora acelerado
ora lento
não queria acordá-los.
Bastava que 4 paredes já me viam em situação de desespero
imagine se meus amigos acordassem!
Por um instante tive medo.

Senti que minha mão vasculhava debaixo das cobertas
algo que eu sabia que não podia ter fora dali.
O cheiro do calor invadia minha boca.
Senti que meu corpo respondia em partes confidenciais
me tornei um louco, insano por diversos momentos.
Não queria, mas meu corpo não obedecia.

Senti que minha mão direita encontrara algo
rígido
ríspido
forte
grande, por sinal!
Capaz de aumentar ainda mais meu desespero.
Minha mão fazia movimentos lentos
mas que eram suficientes
para aumentar cada vez mais
ora meu desespero
ora aquilo que ela - minha mão - havia encontrado.

Minha mão esquerda encontrara algo também
senti que meus amigos acordavam.
Minhas mãos correram em direção ao meu corpo
quase como querendo se proteger.
Mas Morfeu pegara novamente meus amigos
e novamente o trajeto das mãos se iniciava.
Agora com mais rapidez
mais fervor
mais ferozcidade.

As paredes estavam curiosas
queriam saber o que tanto se mexia por debaixo do edredon.
Eu estava olhando fixamente para o teto.
Senti minha boca querendo percorrer caminhos
e ali iniciei uma batalha.
Quando deparei-me
estava de lado
boca a boca com meu amigo
uma querendo encontrar a outra
ou pelo menos a minha querendo encontrar a dele.
Ela só o tocou levemente
o suficiente para me deixar em pânico.
Senti a respiração dele mudar
Senti o peito do meu outro amigo
quente em minhas costas.
Não tinha mais controle...
Queria sair, ao mesmo tempo ficar.

Em meio aos turbulentos sentimentos
ouvi o gargalhar das paredes

que sentiam prazer em me ver naquele estado
inusitado
deplorável
formidável.
As mãos estavam em ritmos acelerados
senti que morfeu ja havia ido embora
há tempos
há muito tempo
e meu corpo já havia se entregado aos corpos deles.
Minha boca percorria até onde minhas mãos estavam
e ali beijava sem pudores.
Sentia que algo queria adentrar meu ser
e eu educado dizia:
"Entre sem bater,
bata somente quando entrar."
Percebi que nossos corpos se ligavam de tal forma
que já era tarde para voltar atrás.
Estava em êxtase total.
Não conseguia olha-los nos olhos
mas haviam outras partes qual meus olhos se fixavam.
Senti uma mordida.

Nosso ritmo era tão acelerado
que afogavam as paredes
um gemido
outro gemido
um elogio
um carinho
um beijo
um abraço duplo
um tapa na cara
um puxão de cabelo
um ...
Notamos que chegávamos no auge de nossa loucura
e juntos soltamos o líquido que determinara o fim daquela noite.
Caímos juntos
sem forças
sem coragem
sem palavras
e Morfeu voltara.
Quando arcodara,
Já não estavam mais ali.
Somente o cheiro
e as expressões sarcásticas
das minhas confidentes e inusitadas
4 paredes.!

5.14.2010

Tesão reprimido

Quem aqui sabe o que é desejar uma mulher de todas as formas que ela pode ser desejada?
Quem aqui sabe o que é ter e não ter essa mulher desejada?
Como conseguir resolver essa libido que consome, que consume
E que não passa, não pára, não faz...
Difícl é dormir com o (inimigo) todos os dias.
Difícil encarar o medo...
Nem é meu medo...
To ficando com medo...
Mas acho que é só tesão reprimido!

 
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