11.29.2011

Petrópolis

É pecado você não saber o que eu sinto, à distância, quando o meu pensamento te toca. Me pego sôfrega e ofegante em todas as partes do dia. Fecho os olhos para encontrar teu sorriso safado indo de encontro ao meu ouvido para sussurrar que eu te enlouqueço, enquanto tento disfarçar o quanto de mim já perdi no desejo de te ter colada ao meu corpo.
Abro os olhos para me perceber lambuzada na magia erótica em que você me aprisionou. Sinto o coração pulsando no lugar errado: muito abaixo do peito; na futura casa teus dedos; no meu lago de pecados sentimentais.
O dia passa, mas não a tua lembrança.
Te carrego nas veias, esquentando o meu corpo, passeando em meu sangue. Suspiro gemidos e saudades. E me arranho o corpo, mordo os meus lábios, esfolo a pele. Simplesmente, enlouqueço nas ilusões táteis dos teus mamilos roçando nos meus.
E toco o meu corpo como se ele fosse intocado. Com a voracidade de quem precisa salvar a própria vida. Tremo como se fossem os teus dedos a invadir o meu corpo. E desabo de cansaço.
Então, sorrio pros teus olhos, à distância, esperando que você receba uma carta de tesão e afeto por telepatia. Descanso o corpo na cama, abraçando o nada. Desejando o teu corpo materializado no meu.

 
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